Nos anos 80 circula, uma vontade de participação e de desconfiança geral, o pós-modernismo.
Pós-modernismo é o nome dado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes, nas sociedades desde 1950.
Mas, existe o medo, o medo de mudança, o medo do novo e a perda do conservadorismo.
Ele nasce com várias mudanças na arquitetura e principalmente na computação, entra na filosofia nos anos 70 como crítica da cultura ocidental, ou seja, são mudanças gerais desde as artes até na tecnologia, e se alastra por todos os lados e meios, sem saber se é uma forma de decadência ou se é um renascimento cultural.
O pós-modernismo invadiu o cotidiano com a tecnologia eletrônica em massa e individual, onde a saturação de informações, diversões e serviços, causam um “rebu” pós-moderno, com a tecnologia programando cada vez mais o dia-a-dia dos indivíduos.
A importância do pós-modernismo na economia foi “mostrar” aos indivíduos a capacidade de consumo, a adotarem estilos de vida e de filosofias, o consumo personalizado, usar bens e serviços e se entregarem ao presente e ao prazer.
Os pós-modernistas querem rir levianamente de tudo, nos quais encaram uma idéia de ausência de valores, de vazio, do nada, e do sentido para a vida.
A sociedade se torna emergente ou decadente, pois são baseadas nas sociedades pós-industriais na informação que tem como referencia o Japão, os EUA e os centros europeus.
A essência da pós-modernidade vem através das cópias e imagens de objetos reais, a reprodução técnica do real, significa apagar a diferença entre real e o imaginário, ser e aparência, ou seja, um real mais real e mais interessante que a própria realidade.
Um exemplo disso é a televisão, que aliada ao computador simula um espaço hiper-real, espetacular que excita e alegra.
O hiper-real simulado fascina porque é o real intensificado na cor, na forma, no tamanho, nas suas propriedades, é quase um sonho, onde somos levados a exagerar nossas expectativas e modelamos nossa sensibilidade por imagens sedutoras.
O ambiente pós-moderno significa simulação, ele não nos informa sobre o mundo, ele o refaz à sua maneira, hiper-realizam o mundo, o transformando-o num espetáculo.
No ambiente pós-moderno à informação e à comunicação, é o que representa a realidade para o homem, que vieram ampliar e acelerar a circulação das mensagens através dos livros, jornais, cinema, rádio, TV.
Através destas mensagens, o homem procura sua imagem “comprando” discursos, para lhe proporcionar Status, bom gosto, na moda, na aparência, no narcisismo levando muitas vezes a extravagâncias, ou então imitando modelos exóticos.
No pós-modernismo o homem vive banhado num rio de testes permanentes, onde a informação e a comunicação transportam a impulsividade para o consumo.
Saturação, sedução, niilismo, simulacro, hiper-real, digital, desreferencialização, são consideradas senhas para “nomear” o pós-moderno, ele significa mudanças com relação à modernidade, ele é um fantasma que passeia por castelos modernos.
O individualismo atual nasceu com o modernismo, mas o seu exagero narcisista é o acréscimo pós-moderno, ele é um princípio esvaziador, diluidor, ele desenche, desfaz princípios, regras, valores, práticas e realidades, promove a dês-referencialização do real e a dês-substancialização do sujeito.
O pós-modernismo é eclético, mistura várias tendências e estilos sob o mesmo nome, ele é aberto, plural e muda de aspecto se passamos da tecnociência para as artes plásticas, da sociedade para a filosofia, ou seja, ele flutua no indecidível.
Leine A. Garrefa
Nenhum comentário:
Postar um comentário