Modernismo 2ª Fase
Estilo - características gerais
A segunda fase do Modernismo foi caracterizada, no campo da
poesia, pelo amadurecimento e pela ampliação das conquistas dos primeiros
modernistas. Como afirmou a crítica Luciana Stegagno Picchio, "fechada a
fase polêmica e destrutiva, eliminando o excesso de Brasil da página literária,
exauridos os jogos primitivistas e antropofágicos, a poesia brasileira, sólida
nas suas conquistas técnicas, na sua liberdade construtiva, pode começar a sua
segunda aventura modernista". Assim, nos anos de 1930 a 1945 a poesia
modernista se consolida e alarga seus horizontes temáticos.
No plano formal, o verso livre continuou sendo profusamente
adotado, mas os poetas do período tinham liberdade para escolher formas como o
soneto ou o madrigal, sem que isso significasse uma volta a estéticas do
passado, como o Parnasianismo. A ruptura já havia sido feita, e era possível
dilatar o campo de experimentações poéticas pesquisando formas, utilizando
técnicas de outras escolas e épocas, reelaborando-as e conferindo a elas novos
sentidos. É o caso de Louvação da Tarde, de Mário de Andrade, poema composto,
segundo Antonio Candido, "em decassílabos brancos de grande beleza,
ordenados numa meditação de nítido corte pré-romântico transposta para o estilo
colonial."
-Bernardo Portilho
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